O 11º Congresso do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema-SP) foi concluído no último domingo (26), após três dias de debates intensos em São Pedro, interior paulista. Cerca de 200 delegados se reuniram para discutir “Democracia, Meio Ambiente e Saneamento para Todos”.
Um dos principais pontos de discussão foi a recente privatização da Sabesp, ocorrida em julho de 2024. Segundo José Faggian, presidente do Sintaema-SP, a empresa enfrenta um processo de precarização, com a demissão de aproximadamente quatro mil funcionários dos 10.500 que atuavam na companhia antes da privatização.
Faggian alega que as demissões visam enfraquecer a organização dos trabalhadores, que também estariam enfrentando assédio moral e tentativas de supressão de direitos. Ele cita como exemplo a mudança no plano de saúde a partir de novembro, que resultaria em uma qualidade inferior do serviço, deteriorando o ambiente de trabalho.
O presidente do Sintaema-SP também expressa preocupação com os impactos da privatização para a população, alertando para um possível aumento significativo nas tarifas após as eleições de 2026. Além disso, ele denuncia a piora no atendimento e a cobrança indevida de taxas de saneamento para residências não conectadas à rede de esgoto.
O Congresso culminou com a eleição do Plano de Lutas do Sintaema-SP para os próximos anos. Entre os objetivos definidos estão a defesa do meio ambiente, a garantia de serviços públicos de água e esgoto de qualidade, a reestatização da Sabesp, o combate à privatização e a luta pelos direitos e valorização dos trabalhadores da categoria.
Durante o evento, os participantes também analisaram as transformações no mundo do trabalho, a plataformização e o papel dos trabalhadores na construção de um Brasil soberano e de um novo projeto nacional de desenvolvimento. Faggian ressaltou a importância de eleger forças progressistas nas próximas eleições para alcançar esses objetivos.
Fonte: agenciasindical.com.br