A redução da jornada de trabalho sem corte salarial e o fim da escala 6×1 ganham força como pauta central da classe trabalhadora. A reivindicação, histórica no movimento sindical, tem visto conquistas pontuais, mas agora se busca uma discussão mais ampla e horizontal. Embora haja concordância, a mobilização efetiva ainda é um desafio.
Intensificar o debate é crucial, defendendo a justa participação dos trabalhadores na riqueza acumulada. A última redução da jornada ocorreu em 1988, com a Constituição Federal fixando 44 horas semanais, marcando quatro décadas desde a redemocratização.
O governo federal demonstra abertura ao tema, inclusive designando um ministro para fomentar a discussão e implementação da medida.
Apesar de existirem diversos projetos sobre o assunto no Congresso, a unificação de esforços em uma proposta única se mostra essencial. O objetivo central é a redução da jornada de 44 para 40 horas semanais, sem redução salarial, com a meta de diminuir gradualmente até 36 horas semanais em quatro anos, acompanhada do fim da escala 6×1.
Embora o Congresso seja composto majoritariamente por representantes do capital, as eleições de 2026 representam uma oportunidade. A redução da jornada possui apelo popular, mas é necessário intensificar a conscientização da sociedade. A presença online é importante, mas ações diretas são fundamentais.
Uma campanha mais efetiva é necessária para romper a resistência. Manifestações populares e institucionais são importantes, mas aquém do necessário. É preciso criar uma onda de apoio real, com trabalhadores unidos em busca dessa conquista.
Audiências públicas no Congresso são importantes, mas movimentos nos estados e municípios também são cruciais. A organização de audiências nas Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores, onde os sindicatos possuem base territorial, é fundamental.
Um exemplo é o caso da União Sindical dos Trabalhadores de Limeira, que promove uma audiência pública sobre o tema na Câmara Municipal. Espera-se que a iniciativa inspire outras entidades a promoverem essa onda positiva para os trabalhadores. A luta por mais esse direito trabalhista deve ser coletiva.
Fonte: agenciasindical.com.br