O Ministério da Educação (MEC) traçou um plano ambicioso para expandir o ensino integral a todos os cantos do Brasil até 2026. A iniciativa visa a implementação de matrículas em tempo integral na educação básica em todas as regiões. Atualmente, a cobertura alcança aproximadamente 90% do território nacional. A estratégia para consolidar essa expansão deve ser definida ainda neste ano.
A pasta também aguarda ansiosamente os resultados dos exames nacionais de alfabetização, com a expectativa de que 64% das crianças estejam alfabetizadas na idade correta. Outro objetivo é ampliar o acesso à internet nas escolas, buscando alcançar 80% das unidades com conexão para fins pedagógicos até o final de 2026. O percentual atual é de 64%.
Além disso, o MEC pretende solidificar o Programa Pé-de-Meia como uma política educacional permanente, desvinculando-o da mera concessão de incentivos financeiros aos estudantes do ensino médio. O foco é garantir a permanência do aluno na escola, seu aprendizado, aprovação e o desejo de prosseguir nos estudos.
O Compromisso Nacional Toda Matemática, lançado recentemente, também será uma prioridade para o governo na área de educação no próximo ano, buscando integrar as redes de ensino de forma semelhante ao pacto pela alfabetização na idade certa.
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o padrão para reconhecer uma matrícula como de tempo integral é de, no mínimo, sete horas diárias durante cinco dias na semana, ou 35 horas semanais. A qualidade do ensino em tempo integral também será uma prioridade, buscando uma formação de professores qualificada, infraestrutura adequada, com escolas equipadas e áreas disponíveis para teatro, música, lazer e esporte. A relação intersetorial também será crucial para o programa, envolvendo a comunidade escolar e outras áreas como saúde, cultura e esporte. A questão do território também se apresenta como espaço de construção das particularidades do ensino integral, com currículos, atividades e metodologias de ensino-aprendizagem considerando as necessidades e riquezas de cada região do país.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br