Robson Sampaio de Almeida, pioneiro do Movimento Paralímpico no Brasil, foi oficialmente declarado Patrono do Paradesporto Brasileiro. A Lei 15.238, que formaliza a homenagem, foi sancionada pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e publicada no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (24).
O alagoano tem um lugar de destaque na história do esporte adaptado nacional, sendo um dos responsáveis pela conquista da primeira medalha do Brasil em Jogos Paralímpicos. Em 1976, nos Jogos de Toronto, no Canadá, Sampaio, ao lado de Luiz Carlos, garantiu a prata na modalidade Lawn Bowls, um antecedente da bocha praticada na grama.
A importância da conquista, em um período de desenvolvimento embrionário do movimento paralímpico, é ressaltada por especialistas. A participação nos jogos, naquele momento, era mais relevante que a organização rígida. A prioridade era permitir que atletas de diversos países participassem. Há relatos de que os atletas brasileiros, incluindo o próprio Luiz Carlos, não tinham familiaridade com a modalidade Lawn Bowls antes da competição. Eles foram inicialmente para competir na natação e no basquete, modalidades praticadas no Brasil, e se depararam com o jogo no local. Sem o kit específico, conseguiram um emprestado e, surpreendentemente, trouxeram a primeira medalha de prata para o país.
A trajetória de Robson Sampaio inclui a fundação do Clube do Otimismo no Rio de Janeiro, em 1958, ao lado do técnico Aldo Miccolis. A organização surgiu antes da primeira edição dos Jogos Paralímpicos, realizada em Roma em 1960, embora o Brasil não tenha participado desta edição inaugural.
Sampaio também integrou a primeira delegação brasileira em Jogos Paralímpicos, competindo em Heindelberg, na Alemanha, nas modalidades de basquete em cadeira de rodas e atletismo.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br