A concentração de renda e da propriedade é apontada como um dos problemas mais críticos do Brasil, com raízes históricas que remontam a 1534, quando o território foi dividido em Capitanias Hereditárias, perpetuando a posse de terras entre famílias.
Tentativas de reforma, como as propostas pelo Presidente João Goulart, enfrentaram forte oposição, culminando em sua deposição. A escravidão, por três séculos e meio, é vista como outro fator que contribuiu para a concentração de renda, enriquecendo latifundiários e proprietários de engenho.
Críticas ao aumento do salário mínimo e à reforma agrária são interpretadas como uma defesa da concentração de propriedade e da manutenção de salários baixos. A alta taxa de juros também é questionada, com alegações de que os ricos aplicam seus lucros em títulos, resistindo a reduções na taxa Selic sob o argumento de que isso aumentaria a inflação.
O movimento sindical tem desempenhado um papel ativo no combate à concentração de propriedade e à pressão salarial. Após o golpe de 1964, aumentos reais no salário mínimo foram observados nos governos Lula e Dilma. Os governos Lula/Dilma acumularam um ganho de 80% acima do INPC do período.
A divisão de grandes propriedades rurais e um salário mínimo considerado decente são defendidos como medidas para fortalecer o mercado interno, gerar empregos e promover o crescimento das empresas, impulsionando a soberania nacional.
Organizações sindicais e movimentos como o MST são reconhecidos por sua luta pela reforma agrária e pelo aumento salarial, mas também enfrentam oposição por parte da classe dominante e da mídia.
Um acordo coletivo recente obteve um aumento de 1,2% acima do INPC, além de um abono de 13,5%. Além disso, o movimento sindical tem defendido a isenção do imposto de renda para salários de até R$ 5 mil.
Fonte: agenciasindical.com.br