O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma aceleração significativa em setembro, atingindo 0,48%, contrastando com a deflação de -0,11% observada em agosto. Essa variação representa um aumento de 0,59 ponto percentual. No acumulado do ano, a inflação atinge 3,64%, e nos últimos 12 meses, o índice se estabeleceu em 5,17%.
O grupo Habitação foi o principal responsável por essa alta, apresentando uma variação de 2,97% e um impacto de 0,45 p.p. no índice geral. Este aumento reverte a queda de 0,90% registrada em agosto e representa a maior alta do grupo desde fevereiro de 2025. Dentro do grupo Habitação, a energia elétrica residencial exerceu a maior influência, saltando de -4,21% no mês anterior para 10,31% em setembro, com um impacto individual de 0,41 p.p. na taxa mensal. A justificativa para o aumento na tarifa de energia reside no fim do Bônus de Itaipu, que concedia descontos nas faturas de agosto, e na manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 2.
Outros grupos também contribuíram para a inflação, como Despesas pessoais (0,51%) impulsionadas por pacotes turísticos e atividades culturais. O grupo Transportes apresentou uma leve alta de 0,01%, influenciado pelo aumento dos combustíveis, com exceção do gás veicular.
Em contrapartida, o grupo Alimentação e bebidas registrou queda pelo quarto mês consecutivo (-0,26%), influenciado pela alimentação no domicílio, que caiu 0,41%. Produtos como tomate, cebola, alho, batata-inglesa e arroz apresentaram quedas significativas.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) também apresentou alta, registrando 0,52% em setembro. No ano, o acumulado é de 3,62% e, nos últimos 12 meses, de 5,10%.
Fonte: mundosindical.com.br
