O dirigente sindical Luiz Arraes, presidente do Fórum Sindical de Trabalhadores (FST) e atuante em Osasco (SP), defende um debate amplo sobre a escala 6×1, incluindo temas como terceirização, custeio sindical e pejotização. A declaração surge em meio a discussões sobre as condições de trabalho e a reforma trabalhista.
Arraes participou recentemente de audiências em Brasília e de um encontro no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Na Câmara dos Deputados, a audiência sobre a escala 6×1 foi convocada pelo deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), que preside a Fecomerciários.
No TST, o encontro com o presidente Luiz Philippe Vieira de Mello Filho teve como objetivo fortalecer o diálogo entre o Tribunal e o movimento sindical, além de discutir matérias em análise na corte. Arraes expressou preocupação com o julgamento relativo ao custeio sindical, alertando para o risco de fechamento de sindicatos caso se libere o direito de oposição por meios como o WhatsApp.
O sindicalista também criticou a exigência de anuência das partes para a instauração de dissídios, imposta pela reforma trabalhista, considerando-a impraticável. O TST sinalizou que aguardará decisões agendadas no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o tema.
Outro ponto abordado por Arraes foi a audiência pública no Senado sobre o benzeno, componente cancerígeno presente na gasolina que afeta a saúde dos frentistas e consumidores. Ele defende a retomada das comissões de monitoramento do benzeno e, idealmente, a sua total eliminação da gasolina, a exemplo do que já ocorreu com o amianto em diversos países.
Arraes rebateu a posição da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que acusa o sindicalismo de querer impor o fim da escala 6×1. Ele lembrou que as reformas trabalhista e da Previdência foram implementadas sem amplo diálogo, demonstrando uma falta de abertura por parte do patronato.
Fonte: agenciasindical.com.br
