O Brasil alcançou um marco histórico no esporte paralímpico neste domingo, ao encerrar o Campeonato Mundial de Atletismo na liderança do quadro de medalhas pela primeira vez. A campanha brasileira em Nova Déli, na Índia, culminou com um total de 44 medalhas, incluindo 15 de ouro, superando a China, que ficou em segundo lugar com 13 ouros. Além dos ouros, a delegação brasileira conquistou 20 medalhas de prata e nove de bronze.
Este resultado representa um feito significativo, marcando apenas a segunda vez em que a China não ocupa o primeiro lugar no quadro de medalhas do Mundial de Atletismo Paralímpico. A última vez que isso ocorreu foi há 12 anos, quando a Rússia liderou a edição realizada em Lyon, na França.
Nas últimas três edições do Mundial, o Brasil havia ficado em segundo lugar. Em Dubai, foram 39 medalhas, com 14 ouros, enquanto a China obteve 59 medalhas, com 25 de ouro. No Mundial de Paris, os brasileiros conquistaram 47 medalhas, repetindo os 14 ouros, ficando a duas medalhas de ouro dos chineses. No ano passado, em Kobe, o Brasil alcançou um recorde de 19 medalhas de ouro (42 pódios no total), mas ainda ficou atrás da China, que obteve 87 medalhas, com 33 de ouro.
Zileide Cassiano abriu o dia de conquistas com o ouro no salto em distância da classe T20 (deficiência intelectual), repetindo seu desempenho do Mundial de Kobe. Jerusa Geber também fez história ao vencer os 200 metros da classe T11 (cego total), alcançando sua 13ª medalha em Mundiais e se tornando a brasileira mais laureada no evento. Thalita Simplício conquistou o bronze na mesma prova.
Clara Daniele, estreante em Mundiais, herdou o ouro nos 200 metros da classe T2 (baixa visão) após um protesto do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) contra a venezuelana Alejandra Lopez. Maria Clara Augusto conquistou a prata nos 200 metros da classe T47 (amputação em um dos braços) e Edenilson Floriani levou o bronze no arremesso de peso para atletas com deficiência de membros inferiores, quebrando seu próprio recorde das Américas.
Adicionalmente, a medalha de prata de Thiago Paulino no arremesso de peso da classe F57 foi confirmada após um protesto do CPB.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br